3º Aniversário Salão Brazil - Amanhã, sábado 30 de Junho


O Salão Brazil comemora o seu 3º aniversário.

Tem o prazer de convidar a todos a um copo de sangria para celebrarmos esse dia.

Esperamos por vós amanhã, sábado 30 de Junho - 22h30

inGerência


os amigos do Salão... dizem que os amigos são para as ocasiões

Aconteceu em Junho

08 Katy Sedna 23h Gratuito
http://katysedna.com/
Katy Sedna é uma cantautora marcada pelo mundo. Criada em África, EUA e Europa, estudou em Boston, tendo actuado em Edimburgo, Los Angeles, Nova Iorque... Com uma energia impar em palco, conquista o coração com o seu espirito acompanhado de guitarra.

09 Projecção filme 22h00 Gratuito
"Memória Subversiva - anarquismo e sindicalismo em Portugal 1910 - 1975", de José Tavares & Stefanie Zoche. Seguido de debate.

16 Banda Futrica apresenta "Com Zeca no Coração"
A banda futrica convidou alguns amigos de sempre [Gaiteiros de espiral, Rebimbómalho entre outros] para uma homenagem a Zeca Afonso.
O resultado foi apresentado no convento de S. Francisco num concerto e numa noite memorável.
Agora sobem ao palco mais procurado de Coimbra.

23 A Arte (também) foi morar para a web 17h30
Debate, conversas informais com a participação de João José Cardoso, História de Arte e de Josué Jacinto, coordenador do projecto Joker Art Gallery

25 Bexar Bexar (eu) + Azevedo Silva (pt)
Bexar Bexar começou com um gravador de 8 pistas, uma guitarra conseguida num leilão e alguns sintetizadores analógicos partidos. Estes rústicos instrumentos deram vida ao primeiro album Haralambos recheado de melodias delicadas e loops de percurssão.
Um dia um miúdo na idade da acne agarrou numa guitarra e aprendeu a tocar. Hoje já não é miúdo e toca um som maduro e melancólico, com canções que bebem das suas influências mas que vão para além delas. Em 2006, Azevedo Silva (vocalista e guitarrista de Madcab) dá início ao seu projecto a solo. A sua viagem a Copenhaga, em Setembro, onde deu três concertos com Rhona Reid, foi decisiva para o lançamento da sua primeira demo.

Dia 25 - Bexar Bexar (EUA) + Azevedo Silva (PT) 22h30


Bexar Bexar começou com um gravador de 8 pistas, uma guitarra conseguida num leilão e alguns sintetizadores analógicos partidos. Estes rústicos instrumentos deram vida ao primeiro album Haralambos recheado de melodias delicadas e loops de percurssão.
Um dia um miúdo na idade da acne agarrou numa guitarra e aprendeu a tocar. Hoje já não é miúdo e toca um som maduro e melancólico, com canções que bebem das suas influências mas que vão para além delas. Em 2006, Azevedo Silva (vocalista e guitarrista de Madcab) dá início ao seu projecto a solo. A sua viagem a Copenhaga, em Setembro, onde deu três concertos com Rhona Reid, foi decisiva para o lançamento da sua primeira demo.

Dia 23 Junho - A Arte (também) foi morar para a web - 17h30


"A Pro_Secção de Fotografia da AAC pretende fomentar a troca de ideias, através de informais conversas, com o objectivo de divulgar a arte fotográfica. A utilidade da WEB, ao serviço das diferentes manifestações artísticas, é o tema escolhido para este encontro."
http://www.fotografiaaac.net/

Com a participação de João José Cardoso, História de Arte e de Josué Jacinto, coordenador do projecto
Joker Art Gallery


Dia 16 - Banda Futrica apresenta "Com Zeca no Coração"



A banda futrica convidou alguns amigos de sempre [Gaiteiros de espiral, Rebimbómalho entre outros] para uma homenagem a Zeca Afonso.

O resultado foi apresentado no convento de S. Francisco num concerto e numa noite memorável.

Agora sobem ao palco mais procurado de Coimbra.

Hoje pelas 22h00 - MEMÓRIA SUBVERSIVA


Se não o virem hoje provavelmente podem não mais o conseguir ver... ficam aqui alguns dos comentários e opiniões que acompanham o folheto deste documentário único...


COMENTARIO

Pretendeu o José Tavares e Stefanie Zoche honrar a presença, num filme, de alguns militantes idosos, dos 80 aos 100 anos, aqueles que conseguiram sobreviver à tremenda luta travada contra o fascismo e os capitalismos internacionais, em especial os heróis sobreviventes da Colónia Penal do Salazarismo, onde vários deles fizeram mais de 10 anos de cativeiro, sem processo formado, ouvindo permanentemente os carcereiros afirmar que aqueles presos nunca mais iriam ver a Liberdade, porque o governo salazarento os tinha mandado para lá morrerem. Dizem que foi a um padre que o ditador mandou escolher este local porque era riquíssimo em mosquitos pestíferos, com a tuberculose entre pessoas e gados de abate. Existia um médico na colónia penal que em vez de exercer funções humanitárias, realizava as de carrasco. Neste campo infernal morreu a flor dos militantes anarquistas e anarco-sindicalistas (para além doutros militantes de diferentes sectores políticos e revolucionários). A maior parte dos prisioneiros que conseguiram ver a liberdade, morreram pouco depois pelos achaques e maleitas adquiridas nessa maldita colónia.

Podemos bradar aos quatro ventos, sem possível desmentimento, que se não tivesse existido Tarrafal, nem tremendas repressões fascistas não se apresentaria tão dizimado como está hoje o nosso movimento anarquista. Não tivemos ajuda de nenhum imperialismo Oriental, nem das repúblicas democráticas. Os povos que nos poderiam ajudar, como o Espanhol, o Italiano, o Argentino, o Brasileiro, etc., estavam também a ser amarfanhados por diversos tipos de fascismo.

Obrigado José Tavares e Stefanie por se terem lembrado de perpetuar na tela a presença deste grupo, cuja maioria são os heróis de lutas ciclópicas em favor da Humanidade, do Amor, do Progresso e da Libberdade.

Viva a Emancipação Integral da Humanidade.

por José de Brito
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OPINIÃO

O vídeograma Memória Subversiva é um documento histórico único sobre as ideias e vidas radicais subsistentes na sociedade portuguesa no séc. XX. José Tavares e Stafanie Zoche, pese embora os condicionalismos logísticos, técnicos e financeiros, souberam construir um diálogo baseado na verdade e na simplicidade sem recorrerem aos sofismas da tecnicidade e do modernismo conjuntural muito querido da intelectualidade. A sucessão cronológica dos factos e das vidas protagonizadas pelos diferentes intervenientes foram magistralmente humanizados pela perícia perceptiva da câmara e uma narração inteligente e objectiva. Por vezes o som e a música não acompanham adequadamente o pulsar das palavras e das imagens. Esses factos são no entanto, de somenos importância.

O vídeograma Memória Subversiva, na minha modesta opinião, preenche uma grande lacuna que subsistia na história do movimento operário e do sindicalismo português deste século.
Com este documentário filmado será difícil interpretar e/ou re-interpretar os movimentos sociais, políticos e ideológicos de ânimo leve. Para antes e depois da implantação da ditadura salazarista ficam as vidas e as palavras de um punhado de homens e mulheres que não se vergaram a amos e senhores: Memória Subversiva é um retrato fiel dessa realidade.

por J.M. Carvalho Ferreira
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Neste filme, uma geração de homens e mulheres, hoje entre os 70 e os 80 (há-os centenários!), fala ainda e sempre, com veemência e a exaltação da juventude que neles não se extinguiu, da alegria e do voluntarismo revolucionários. Nesta época da conformação mais rasteira travestida de pobres emblemas exteriores (grotescas modas ousadas...), eis-nos aqui perante perante uma fala humana que até nas suas mais pungentes fragilidades se mostra superior ao pretensioso palavreado pós-moderno, asséptico e invertebrado. É certo que já só a poderá escutar quem for capaz insubmissão perante a cangalhada social – porque a revolta é a plataforma mínima de que partem estes incorrigíveis anarquistas da região portuguesa que José Tavares e Stefanie Zoche ouviram, com visível empenho, num longo périplo pela memória da subversão deste século. Para além do mais, a verticalidade de tais homens e mulheres ompõem-se como constraste luminoso numa época de apalhaçadas gesticulações.

por Júlio Henriques
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